Copel encerra 2024 com geração 100% renovável, resultados recordes e forte remuneração aos acionistas
Com 70 anos de história, companhia paranaense consolida liderança em energia limpa e distribui dividendos extraordinários em meio à modernização e alta lucratividade

Em seu ano de 70º aniversário, a Companhia Paranaense de Energia (Copel – CPLE3) consolidou-se como uma das líderes nacionais no setor elétrico, alcançando marcos inéditos em sustentabilidade, desempenho financeiro e valorização dos acionistas. O Relato Integrado 2024, publicado pela empresa, revela uma trajetória de crescimento estratégico impulsionado pela inovação, eficiência e compromisso com os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG).
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Entre os destaques do ano estão a transição completa da matriz energética para fontes 100% renováveis, a renovação de concessões de usinas hidrelétricas por mais 30 anos, o avanço na governança corporativa rumo ao Novo Mercado e a forte distribuição de lucros, incluindo dividendos extraordinários e programa de recompra de ações.
Energia limpa: Copel atinge 100% de geração renovável
A partir de março de 2024, com a hibernação da Usina Termelétrica de Figueira, a Copel passou a gerar 100% da sua energia a partir de fontes renováveis. O portfólio energético agora é composto majoritariamente por energia hídrica (79%), eólica (20%) e uma parcela mínima solar, refletindo o compromisso da companhia com a descarbonização da matriz e a sustentabilidade de longo prazo.
Essa conquista se deu também graças à renovação das concessões das usinas de Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, que respondem por 64% da capacidade instalada da empresa. Com isso, a companhia assegurou a operação desses ativos até 2054, fortalecendo sua previsibilidade operacional e financeira.
Resultados financeiros e dividendos extraordinários
Em 2024, a Copel obteve lucro líquido consolidado de R$ 2,8 bilhões, uma alta de 20,3% em relação a 2023, e uma receita operacional líquida de R$ 22,65 bilhões, crescimento de 5,5% no ano. O desempenho foi impulsionado pela expansão da geração renovável, maior eficiência operacional, controle de custos e alienações estratégicas.
Com base nesses resultados, a companhia adotou ações expressivas de retorno ao acionista:
- Programa de recompra de ações, em linha com a valorização dos papéis no mercado;
- Distribuição de dividendos extraordinários, além dos proventos ordinários;
- Forte geração de caixa operacional, com R$ 48 milhões de impacto positivo no resultado financeiro.
A Copel demonstrou, assim, que está alinhada às melhores práticas de mercado no que diz respeito à alocação eficiente do capital e à maximização de valor para os acionistas, sem comprometer os investimentos em expansão e modernização da infraestrutura elétrica.
Transformação estratégica e governança de excelência
O ano também marcou o avanço da Copel no processo de migração ao Novo Mercado da B3, com a implementação do modelo “uma ação, um voto”, o que amplia os direitos dos acionistas minoritários e reforça o compromisso com a transparência e a integridade corporativa.
A estrutura de governança da companhia foi aprimorada, com destaque para:
- Criação do Comitê de Segurança Cibernética e Segurança da Informação (CSCI);
- Fortalecimento dos mecanismos de gestão de riscos e compliance;
- Maior engajamento com as partes interessadas via consultas públicas e estratégia de materialidade ESG.
Além disso, a companhia reforçou seu protagonismo regulatório e institucional, atuando com previsibilidade e visão estratégica junto a órgãos governamentais e entidades setoriais.
Inovação, digitalização e abertura de mercado
A Copel deu passos importantes no processo de digitalização e transformação de seus serviços. Entre os avanços estão:
- A realização da 3ª edição do Hackaton Copel, envolvendo 220 estudantes e 18 universidades do Paraná;
- A Semana Integrada de Inovação, com 6.852 participações;
- A criação da Sala Copel Volt no Hub de Inovação do Habitat Senai, consolidando o relacionamento com startups e iniciativas tecnológicas;
- Publicação da Política de Inovação, estruturando diretrizes claras para o fomento à criatividade interna e às parcerias externas.
Com o avanço da abertura do mercado de energia no Brasil, a companhia reforçou sua atuação no mercado livre por meio da Copel Mercado Livre, atendendo mais de 1,5 mil clientes em 22 estados e comercializando 2,7 GW médios de energia. Cerca de 58% dessa energia vem de geração própria renovável, e a empresa já comercializou mais de 6,4 milhões de I-RECs (créditos de energia renovável) no período de 2021 a 2024.
Desinvestimentos estratégicos e foco no core business
Com uma diretriz clara de foco em ativos renováveis, a Copel realizou importantes desinvestimentos ao longo de 2024. Entre eles:
- Alienação da Compagas, com equity value de R$ 906 milhões;
- Saída da Usina Elétrica a Gás de Araucária (Uega);
- Progresso no processo de venda de 13 ativos de pequeno porte.
Essas decisões estão alinhadas ao compromisso da empresa com a eficiência do portfólio e a alocação estratégica de capital em ativos que geram maior valor ao negócio.
Compromisso social e ambiental reforçado
A Copel intensificou sua atuação socioambiental em 2024, com programas que impactam diretamente as comunidades em que opera. Destacam-se:
- Programa EletriCidadania e EducaODS, voltados à conscientização sobre uso de energia e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
- Adoção da dupla materialidade para integrar riscos financeiros e impactos ESG;
- Investimentos em eficiência energética e tecnologia, com redes elétricas inteligentes que reduzem perdas técnicas, emissões de CO₂ e custos operacionais;
- Baixo índice de inadimplência (1,05%) e atendimento a 99% do território paranaense, com 5,19 milhões de unidades consumidoras.
No aspecto ambiental, a Copel manteve práticas rigorosas de gestão de resíduos, conservação da biodiversidade e mitigação de impactos de novos empreendimentos, sendo reconhecida por sua atuação responsável no setor.
Perspectivas e desafios
O Relato Integrado 2024 mostra que a Copel está bem posicionada para aproveitar as oportunidades da abertura do mercado de energia, com sólida infraestrutura, forte reputação ESG, base de clientes diversificada e cultura organizacional em transformação.
Os principais desafios envolvem:
- Evoluir a cultura interna frente às novas exigências do mercado;
- Manter o ritmo de inovação e digitalização em todo o grupo;
- Adaptar-se às mudanças climáticas e regulamentações emergentes;
- Ampliar a capacidade de atração e retenção de talentos, apoiada em um recém-lançado Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP).
Com visão de futuro, gestão profissional e foco na sustentabilidade, a Copel encerra 2024 com resultados sólidos, alta credibilidade junto ao mercado financeiro e uma base robusta para os próximos anos, reafirmando sua posição como uma das maiores e mais respeitadas empresas do setor elétrico brasileiro.