Petrobras é acionada judicialmente pela Sete Brasil em disputa bilionária sobre o Projeto Sondas

Companhia nega responsabilidade por alegações da antiga parceira e afirma que irá contestar ação de R$ 36 bilhões, sem impacto nas demonstrações do 2T25

Petrobras é acionada judicialmente pela Sete Brasil em disputa bilionária sobre o Projeto Sondas

A Petrobras (B3: PETR3/PETR4) informou ao mercado, em 6 de junho de 2025, que foi citada em ação judicial movida pela Sete Brasil Participações S.A. e suas subsidiárias (SPEs). A ação envolve alegações de prejuízos no âmbito do chamado Projeto Sondas, iniciativa que visava construir e operar sondas de perfuração para exploração do pré-sal.

O valor atribuído à causa pela Sete Brasil é de R$ 36 bilhões, montante que, segundo a Petrobras, foi estipulado unilateralmente e não tem reconhecimento por parte da companhia.

Entenda o Projeto Sondas

O Projeto Sondas foi idealizado em meados dos anos 2010, durante o auge das expectativas em torno da exploração do pré-sal. A ideia era construir um conjunto de sondas de perfuração em estaleiros nacionais, fomentando a indústria naval brasileira.

A Petrobras seria a principal contratante, enquanto a Sete Brasil — empresa criada para centralizar a construção e operação dessas sondas — atuaria como parceira. Com o passar do tempo, o projeto foi afetado por atrasos, problemas contratuais e pelo impacto das investigações da Operação Lava Jato, que atingiram diretamente os fornecedores envolvidos.

Alegações e postura da Petrobras

A ação ajuizada pela Sete Brasil tenta responsabilizar a Petrobras por supostos prejuízos financeiros decorrentes do fracasso do Projeto Sondas. A estatal, no entanto, afirma que:

  • Não reconhece qualquer responsabilidade pelos prejuízos alegados;
  • Considera as alegações improcedentes;
  • Irá se defender de forma firme e técnica, no momento oportuno processual;
  • Já está preparando sua contestação, assim que o prazo legal for iniciado.

A Petrobras ressaltou que o ajuizamento dessa ação não impactará os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, não havendo, portanto, reflexo contábil imediato.

Relevância para o mercado

Embora o valor da causa seja expressivo, o caso ainda se encontra em fase inicial. Como ocorre em disputas judiciais complexas e de grande porte, o desfecho poderá levar anos e envolver diversos desdobramentos jurídicos.

Para investidores, o comunicado serve como alerta de que a Petrobras continua sendo alvo de litígios ligados a projetos antigos e à crise reputacional pós-Lava Jato. No entanto, o posicionamento firme da estatal em se defender e a ausência de impacto imediato nas demonstrações financeiras ajudam a mitigar reações mais severas no mercado.

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