Méliuz altera condições de oferta pública e abre prazo para desistência: entenda o que está por trás da movimentação e seus desdobramentos
Companhia modifica estrutura dos bônus de subscrição e oferece oportunidade de desistência a investidores prioritários; veja análise detalhada da estratégia e impactos para o mercado.

O Méliuz (B3: CASH3) comunicou ao mercado, no dia 6 de junho de 2025, uma importante alteração em sua oferta pública de distribuição primária de ações, processo conhecido como follow-on. A modificação afeta diretamente a estrutura dos bônus de subscrição atrelados à oferta, o que levou a companhia a abrir um período de desistância para acionistas que haviam manifestado interesse prioritário.
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Trata-se de uma movimentação relevante tanto sob o ponto de vista regulatório quanto estratégico, sinalizando uma tentativa da empresa de tornar a oferta mais atraente ao mercado diante de um contexto de maior seletividade por parte dos investidores institucionais.
Entendendo o contexto da oferta
O Méliuz protocolou, no último dia 30 de maio, a abertura de uma oferta pública de ações sob rito automático junto à CVM, com o objetivo de captar recursos para reforço de capital e expansão operacional. A oferta é direcionada exclusivamente a investidores profissionais, conforme definido pela regulação brasileira.
A emissão previa inicialmente 17.006.803 novas ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. Havia ainda a possibilidade de aumentar essa quantidade via lote adicional, a depender da demanda verificada no processo de bookbuilding.
Como forma de valorizar a oferta, o Méliuz decidiu incluir bônus de subscrição gratuitos como vantagem adicional aos subscritores. Esses bônus funcionam como opções de compra futura de ações a um preço pré-determinado, com potencial de alavancagem do retorno para o investidor caso a ação se valorize.
Contudo, a estrutura inicial dos bônus não agradou completamente ao mercado, levando a companhia a reavaliar os termos e publicar um novo fato relevante com alterações na quantidade, séries e precificação dos bônus.
Quais foram as mudanças anunciadas
A principal mudança foi a reorganização dos bônus em cinco séries distintas, com quantidades proporcionais por ação e diferentes datas de início de exercício e preços:
Série | Proporção por Ação | Preço de Exercício | Início de Exercício |
---|---|---|---|
1ª | 0,35 | R$ 8,24 | 01/08/2025 |
2ª | 0,35 | R$ 8,55 | 05/09/2025 |
3ª | 0,34 | R$ 8,88 | 03/10/2025 |
4ª | 0,33 | R$ 9,24 | 07/11/2025 |
5ª | 0,33 | R$ 9,61 | 05/12/2025 |
Cada ação adquirida na oferta garantirá, portanto, um volume equivalente de bônus distribuídos entre essas séries. Além disso, a quantidade total poderá atingir até 86,7 milhões de bônus de subscrição caso haja adesão total à oferta (28,9 mi iniciais + 57,8 mi adicionais).
Como funcionam os bônus e qual seu impacto
O bônus de subscrição é um instrumento que oferece ao investidor o direito (mas não a obrigação) de comprar uma ação da companhia no futuro a um preço prefixado. Na prática, é semelhante a uma opção call emitida pela própria empresa.
Esses bônus são negociáveis na B3 e tendem a ter maior volatilidade, sendo atrativos para investidores mais especulativos. Caso o preço da ação esteja acima do valor de exercício, o bônus tende a ser valorizado. Se estiver abaixo, ele pode perder valor.
No caso do Méliuz, o bônus tem preços que começam em R$ 8,24 e sobem gradualmente até R$ 9,61. Considerando que a ação CASH3 está cotada abaixo desses valores, os bônus têm valor especulativo e o potencial de lucro está condicionado à expectativa de recuperação das ações.
Direito de desistência e segurança regulatória
A alteração das condições contratuais exigiu a abertura de um período de desistência aos investidores que haviam feito pedidos prioritários. Esse prazo vai de 6 a 12 de junho de 2025, até às 14h.
O investidor que desistir receberá de volta o valor pago, sem correção monetária, mas com eventuais deduções tributárias e taxas incidentes (como IOF ou taxa de câmbio). A desistência deve ser feita por meio do agente de custódia.
Se o investidor não se manifestar, a subscrição permanece válida nos novos termos. Essa condição visa preservar a transparência e garantir previsibilidade aos participantes.
Cronograma detalhado
O cronograma da oferta está estruturado da seguinte forma:
- 29/05: Aprovação da oferta pelo Conselho;
- 30/05: Início do bookbuilding e roadshow;
- 04/06: Abertura da subscrição prioritária;
- 06/06: Início do período de desistência;
- 10/06: Encerramento da subscrição prioritária;
- 12/06: Encerramento do bookbuilding, definição do preço e registro da oferta;
- 16/06: Início das negociações na B3;
- 17/06: Liquidação financeira;
- 20/06: AGE para aprovar o novo limite de capital;
- 25/06: Conversão dos recibos em bônus;
- 09/12: Encerramento oficial da oferta.
Riscos envolvidos na operação
Investir na oferta do Méliuz envolve riscos relevantes:
- Alta volatilidade das ações CASH3;
- Possibilidade de diluição da participação acionária;
- Valor especulativo dos bônus de subscrição;
- Dependência da recuperação operacional e do desempenho financeiro da companhia;
- Impactos macroeconômicos sobre empresas de tecnologia e consumo.
O Méliuz recomenda que apenas investidores com experiência em renda variável e perfil compatível considerem participar. Além disso, reforça que esta comunicação não constitui recomendação de investimento.
O que acompanhar daqui em diante
Com a reformulação da oferta e a ampliação da quantidade de bônus, o Méliuz sinaliza ao mercado que está disposto a tornar a operação mais atrativa e garantir a sua liquidez. A iniciativa também revela uma abordagem responsável quanto à governança, ao permitir que investidores reavaliem suas decisões.
Cabe agora acompanhar os desdobramentos do bookbuilding, a aceitação do mercado aos novos termos e o impacto potencial na precificação das ações CASH3 nos próximos meses.
A companhia manterá o mercado informado por meio de sua área de relações com investidores: https://ri.meliuz.com.br.