Vibra Energia (VBBR3) decepciona em dividendos, apesar de lucro bilionário no 1T25
Empresa melhora margens e receita, mas alta da dívida e resultado financeiro pressionam lucro. Veja por que VBBR3 pode não ser uma boa pagadora em 2025.

A Vibra Energia (VBBR3), uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025 com um cenário misto: lucro ajustado crescente, mas aumento expressivo no endividamento e queda nos dividendos pagos em relação ao seu próprio objetivo.
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Mesmo com a receita líquida de R$ 45 bilhões (+13%) e Ebitda ajustado de R$ 2 bilhões (+44%), o mercado recebeu os dados com cautela. Isso porque o lucro líquido contábil caiu 24%, para R$ 601 milhões, puxado por um aumento de +101% nas despesas financeiras e pelo impacto da aquisição da Comerc Energia.
📉 Vendas caem, mas margens melhoram
A Vibra registrou queda de -2% no volume de vendas, com destaque negativo para:
- Etanol: -15%
- Óleo combustível: -48%
Esses recuos foram parcialmente compensados por:
- Diesel: +5%
- Gasolina: +1%
Mesmo com menor volume, a precificação melhor elevou o lucro bruto para R$ 2,6 bilhões (+15%), refletindo eficiência nas margens. O Ebitda recorrente (sem efeitos não recorrentes) foi de R$ 1,6 bilhão — crescimento mais modesto, de 4%.
💸 Lucro pressionado por dívida e juros
O principal alerta no balanço está na estrutura de capital. A aquisição integral da Comerc levou a um salto na dívida:
- Dívida bruta: R$ 27 bilhões (+65%)
- Caixa: R$ 6 bilhões
- Dívida líquida: R$ 21 bilhões (+93%)
- Alavancagem: 1,8x o Ebitda ajustado (pode chegar a 2,5x em 2025)
A alta no custo da dívida fez o resultado financeiro negativo dobrar, o que impactou diretamente o lucro contábil do trimestre.
📉 Dividendos abaixo da meta
Apesar de um lucro ajustado de R$ 1 bilhão, a Vibra distribuiu apenas R$ 350 milhões em proventos, o que representa cerca de 35% do lucro ajustado. Isso ficou abaixo do payout-alvo da empresa, de 40%.
A expectativa do mercado é de que a Vibra mantenha um dividend yield inferior a 6% em 2025, número considerado “abaixo do mínimo aceitável” por analistas. A empresa justifica o cenário atual pelo foco em expansão e pelo impacto da aquisição, mas a visibilidade para quem busca renda está comprometida.
🏭 Expansão continua, mas com custo
Mesmo diante da pressão nos resultados, a companhia reafirmou seu plano de crescimento até 2030, que inclui:
- Abertura de novos postos
- Expansão na oferta B2B
- Fortalecimento logístico
Por outro lado, analistas apontam que, diferente de empresas como a Valid (que cresce sem abrir mão de dividendos), a Vibra está priorizando o crescimento em detrimento da remuneração ao acionista.
📊 Avaliação de mercado
Desconsiderando os efeitos não recorrentes, os múltiplos da empresa ficam mais altos:
- EV/Ebitda (ajustado): 7x
- P/L (preço/lucro): 9x
Esses números tornam a ação menos atrativa para quem busca retorno imediato via proventos, especialmente em comparação com outras empresas do setor.
A Vibra conseguiu entregar margens melhores e um lucro ajustado forte, mas o aumento da dívida, o recuo no lucro contábil e os dividendos abaixo da meta pesam na balança.
Para investidores com foco em dividendos recorrentes, o momento pode não ser o ideal para apostar em VBBR3. Já para quem acredita no potencial de crescimento de longo prazo, especialmente na integração com a Comerc, pode haver oportunidade — mas com maior risco.
⚠️ Este conteúdo possui caráter informativo e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos. Antes de investir, avalie seu perfil de risco e consulte um profissional certificado.