Qual a melhor operadora para investir em 2025? Comparativo entre TIMS3, VIVT3, BRST3 e FIQE3

Rentabilidade passada, fundamentos financeiros e perfil de risco revelam diferenças claras entre as 4 principais empresas do setor de telecomunicações listadas na B3, conheça a operadora que se destaca.

Qual a melhor operadora para investir em 2025? Comparativo entre TIMS3, VIVT3, BRST3 e FIQE3

O setor de telecomunicações segue sendo uma opção relevante para investidores que buscam renda, estabilidade ou potencial de crescimento. Aqui, vamos comparar quatro ações listadas na B3 — TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3), Brisanet (BRST3) e Unifique (FIQE3) — com base nos últimos 5 anos de rentabilidade e principais indicadores fundamentalistas.

A análise permite identificar qual perfil de investidor pode se beneficiar mais com cada uma dessas ações, além de ressaltar pontos positivos e riscos envolvidos.


Rentabilidade nos últimos 5 anos

AçãoR$ 1.000 investidos em 2019 valeriam hojeRentabilidade acumulada
TIMS3R$ 2.250,80+125%
VIVT3R$ 1.750,40+75%
FIQE3R$ 532,40-47%
BRST3R$ 225,60-77%
CDIR$ 1.524,30+52%
IPCAR$ 1.249,10+24,9%

💡 Apenas TIMS3 e VIVT3 superaram o CDI no período. FIQE3 e BRST3 entregaram retorno negativo, mesmo considerando reinvestimento de dividendos.


Indicadores financeiros: ponto a ponto

IndicadorTIMS3VIVT3FIQE3BRST3
P/L13,9916,688,1322,49
Dividend Yield9,08%3,74%6,55%1,39%
Margem EBITDA49,44%41,12%46,80%43,56%
ROE (Retorno PL)14,03%8,38%14,27%3,78%
Dívida líquida/EBITDA-0,18x0,53x0,84x2,21x
CAGR Lucro (5 anos)13,23%3,69%-%-%
ROIC20,33%9,21%10,88%5,59%

Análise individual: prós e contras de cada operadora

🟦 TIMS3 – Retorno superior e eficiência operacional

A TIM consolidou sua posição como uma das ações mais eficientes do setor de telecom. Com uma operação altamente rentável, a empresa alia margens robustas, baixo endividamento e distribuição generosa de proventos. Sua atuação focada em telefonia móvel permite ganhos operacionais expressivos, embora limite a diversificação da receita. Para investidores em busca de renda passiva e retorno sólido, TIMS3 continua sendo uma das opções mais previsíveis da bolsa.

Pontos fortes:

  • Maior rentabilidade nos últimos 5 anos (+125%);
  • Dividend Yield elevado (9,08%);
  • ROIC mais alto (20,33%);
  • Baixíssimo endividamento (dívida líquida negativa);
  • Excelente margem EBITDA (49%).

Pontos fracos:

  • Crescimento moderado em receita;
  • Menor diversificação de receita (forte foco em telefonia móvel).

Perfil: Ideal para quem busca renda recorrente e histórico consistente de valorização.


🟩 VIVT3 – Estabilidade, dividendos constantes e solidez de marca

A Vivo segue como referência de estabilidade e solidez no setor. Sua operação multissegmentada — incluindo telefonia móvel, fixa, fibra óptica e serviços digitais — proporciona resiliência, mesmo em cenários adversos. Apesar de entregar retorno inferior à TIM nos últimos anos, a VIVT3 se destaca pelo baixo risco, distribuição de dividendos consistente e boa governança corporativa. É a ação mais indicada para perfis moderados ou conservadores.

Pontos fortes:

  • Portfólio mais diversificado (fixo, móvel, banda larga, TV, data centers);
  • ROE saudável (8,38%);
  • Boa margem operacional (EBITDA de 41%);
  • Histórico sólido de dividendos.

Pontos fracos:

  • DY menor que TIM e FIQE;
  • Crescimento de lucro e receita mais lento;
  • ROIC inferior às concorrentes.

Perfil: Ideal para investidores mais conservadores, que buscam previsibilidade e proteção de capital.


🟧 FIQE3 – Unifique: boa margem e crescimento, mas desempenho fraco no mercado

A Unifique (FIQE3), apesar de registrar queda significativa nas ações nos últimos 5 anos, apresenta indicadores operacionais robustos. Com destaque para a margem EBITDA (46,8%) e ROE acima de 14%, a empresa demonstra boa capacidade de geração de caixa. O principal desafio está na confiança do mercado, que ainda não precifica seu desempenho. É uma aposta mais arrojada, indicada para quem acredita no crescimento das operadoras regionais de fibra.

Pontos fortes:

  • Alta margem EBITDA (46,80%);
  • Boa rentabilidade operacional (ROE 14,27%, ROIC 10,88%);
  • Dividend Yield de 6,55%, acima da média;
  • Potencial de crescimento regional.

Pontos fracos:

  • Retorno negativo em 5 anos (-47%);
  • Ações com baixa liquidez;
  • Risco elevado por ser player regional.

Perfil: Indicado para quem busca crescimento no longo prazo e tolera maior volatilidade e riscos setoriais.


🟥 BRST3 – Brisanet: crescimento ainda não entregue ao mercado

A Brisanet surge como a mais especulativa entre as quatro. Com forte presença no Nordeste e foco em expansão via fibra óptica, o plano de crescimento é ambicioso. No entanto, o mercado tem penalizado a ação diante da baixa rentabilidade, alta alavancagem e resultados inconsistentes. Com prejuízo acumulado no preço da ação e baixa eficiência financeira, BRST3 exige monitoramento constante e só deve compor carteiras de alto risco e visão de longo prazo.

Pontos fortes:

  • Potencial de expansão no Nordeste e interior do Brasil;
  • Margem bruta decente (42,24%);
  • Alta alavancagem operacional pode favorecer lucros se a receita subir.

Pontos fracos:

  • Péssima performance na bolsa (-77% em 5 anos);
  • Endividamento elevado (2,21x EBITDA);
  • Margem líquida baixa (3,91%);
  • ROE e ROIC muito baixos.

Perfil: Somente para investidores muito tolerantes ao risco, que acreditam na virada operacional no longo prazo.


📡 Investir no setor de telecomunicações: prós, contras e o cenário atual

O setor de telecomunicações é essencial para a economia moderna, conectando pessoas, empresas e serviços por meio da telefonia, internet e infraestrutura de dados. Mas será que vale a pena investir nesse segmento em 2025?

Vantagens (prós)
  • Previsibilidade de receita: Empresas de telecom possuem modelos baseados em assinaturas mensais, o que garante maior estabilidade de receita mesmo em tempos de crise.
  • Distribuição de dividendos: Operadoras tradicionais como TIM e Vivo são conhecidas por pagarem dividendos consistentes, atraindo investidores de perfil mais defensivo.
  • Demanda estrutural crescente: Com o avanço do 5G, internet das coisas (IoT), home office e consumo digital, a demanda por conectividade segue em expansão no médio e longo prazo.
  • Ativos defensivos: Em momentos de instabilidade econômica, o setor tende a apresentar menor volatilidade, por oferecer serviços essenciais.
Desvantagens (contras)
  • Alta concorrência e margens pressionadas: O setor sofre com concorrência acirrada e queda nas margens, especialmente entre operadoras menores e regionais.
  • Elevado CAPEX: São empresas que precisam investir constantemente em infraestrutura (antenas, cabos, tecnologia), o que pressiona o caixa e pode aumentar a alavancagem.
  • Risco regulatório: Como prestadoras de serviço público, estão expostas a regras e intervenções da Anatel e outras autoridades, que podem limitar ajustes de preços ou operação.

📈 Cenário atual (2025)

O setor vive uma fase de reestruturação e consolidação, com foco na rentabilidade e qualidade de serviço. As grandes operadoras como TIM e Vivo estão colhendo os frutos de uma atuação mais eficiente, enquanto as regionais, como Unifique (FIQE3) e Brisanet (BRST3), enfrentam o desafio de mostrar resultados consistentes diante do crescimento acelerado.

Com o 5G em expansão e o mercado de fibra óptica ainda em disputa, há oportunidades de valorização, mas também riscos relevantes — especialmente em empresas com modelos mais frágeis ou dependentes de crescimento via endividamento.

Por fim, a análise revela quatro perfis distintos de operadoras:

AçãoPerfil sugeridoDestaques
TIMS3Renda e valorização com eficiênciaMelhor rentabilidade, DY, margens
VIVT3Conservador e defensivoEstabilidade, marca forte, baixo risco
FIQE3Crescimento com volatilidadeBOm operacional, mas ações em queda
BRST3Apostador de virada futuraAlto risco e baixa entrega atual

Em um setor dominado por grandes operadoras, a escolha da ação ideal depende do seu perfil de investidor: estabilidade, renda passiva ou potencial de valorização futura.

⚠️ Este conteúdo possui caráter informativo e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos. Antes de investir, avalie seu perfil de risco e consulte um profissional certificado.

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