PRIO S.A. avança com produção recorde e consolidação de ativos: veja os destaques e riscos

A PRIO S.A. (PRIO3) segue se consolidando como uma das principais produtoras independentes de petróleo do Brasil. Com foco em ativos maduros e estratégias eficientes de recuperação, a companhia vem apresentando resultados robustos e planos ambiciosos de crescimento. No 1º trimestre de 2025, a PRIO manteve sua trajetória positiva, mesmo diante de desafios operacionais e da volatilidade do mercado de petróleo.

PRIO S.A. avança com produção recorde e consolidação de ativos: veja os destaques e riscos

📊 Resultados da PRIO S.A. – 1T25

A PRIO registrou um lucro líquido de US$ 345 milhões no 1T25, um avanço de 54% em relação ao mesmo período de 2024. O EBITDA ajustado totalizou US$ 447 milhões, praticamente estável ano contra ano, mas com crescimento expressivo de 39% na comparação trimestral, impulsionado pelo desempenho do campo de Peregrino.

A produção média atingiu 109,3 mil barris de óleo equivalente por dia, alta de 25% em relação ao trimestre anterior. Já as vendas alcançaram 10,2 milhões de barris, refletindo a comercialização de estoques acumulados no final de 2024.

Indicador1T241T25Variação A/A
Receita Líquida (US$ milhões)606697+15%
EBITDA Ajustado (US$ milhões)467447-4%
Margem EBITDA Ajustada77,0%64,1%-13,0 p.p.
Lucro Líquido (US$ milhões)224345+54%
Produção Média (boe/dia)109.300+25% T/T
Vendas (milhões de barris)10,2+43% T/T
Caixa (US$ milhões)807725-10%
Liquidez Corrente1,9x3,5x+1,58x
Caixa / Dívida de Curto Prazo3,0x10,4x+7,40x
Dívida Bruta (US$ milhões)1.9473.173+63%
Dívida Líquida (US$ milhões)1.1412.448+115%
Dívida Líquida / EBITDA0,6x1,3x+0,7x

Aquisição Estratégica

Um dos grandes destaques do trimestre foi o anúncio da aquisição de 60% do campo de Peregrino, anteriormente operado pela Equinor. A transação está avaliada em US$ 3,35 bilhões, representando dois terços do valor de mercado da PRIO. No entanto, o pagamento efetivo pode ficar em US$ 2,3 bilhões, dependendo da cotação do petróleo.

Reserva e Perspectiva de Longo Prazo

Com reservas provadas (P1) de 547,3 milhões de barris, a PRIO possui uma longevidade operacional estimada em 24,6 anos, considerando a produção do 1T23. A companhia ainda aguarda o início da operação do campo de Wahoo, previsto para 2026, o que pode elevar ainda mais sua produção e geração de caixa.

Destaques Positivos

  • Baixa alavancagem: dívida líquida/EBITDA em 1,3x, abaixo do covenant de 2,5x.
  • Eficiência operacional: histórico comprovado na revitalização de ativos maduros, como Polvo e Frade.
  • Potencial de Albacora Leste: desempenho promissor após aumento de produção de 44% em abril.

Riscos no Radar

Apesar dos bons resultados, a PRIO enfrenta riscos relevantes:

  1. Volatilidade dos preços do petróleo: como commodity, o petróleo é altamente sensível a condições econômicas e geopolíticas.
  2. Riscos operacionais: incidentes ambientais ou falhas técnicas em plataformas podem gerar impactos financeiros e reputacionais.
  3. Risco tributário: mudanças em impostos e royalties, como o imposto de exportação introduzido em 2023, continuam no radar do setor.

A trajetória da PRIO demonstra uma combinação de estratégia agressiva e disciplina financeira. A empresa está bem posicionada para continuar crescendo, mesmo em um cenário volátil. A consolidação de Peregrino e os avanços em Wahoo são peças-chave para o futuro da companhia, que já se destaca como referência na recuperação de campos maduros no Brasil.

⚠️ Este conteúdo possui caráter informativo e não constitui recomendação de compra ou venda de ativos. Antes de investir, avalie seu perfil de risco e consulte um profissional certificado.

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