PRIO registra lucro de US$ 154 milhões e produção recorde no 2T25, apesar de queda no preço do petróleo

Companhia alcança 123 mil barris/dia, amplia portfólio e reforça investimentos em sustentabilidade, mesmo diante de desafios operacionais e financeiros no trimestre.


PRIO registra lucro de US$ 154 milhões e produção recorde no 2T25, apesar de queda no preço do petróleo

A PRIO (B3: PRIO3), empresa de óleo e gás do Brasil, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025, mostrando resiliência e crescimento em meio à volatilidade do setor. O período foi marcado por conquistas operacionais, aquisições estratégicas e avanço nas práticas ESG, mesmo com a pressão dos preços do Brent e desafios na produção.

Desempenho financeiro: lucro, receita e desafios

  • Lucro líquido de US$ 154 milhões, mesmo com retração de 44% em relação ao 2T24, refletindo a queda no preço do Brent e menor volume vendido.
  • EBITDA ajustado de US$ 276 milhões, impactado pelo cenário de preços e custos mais elevados do campo de Peregrino.
  • Receita total de US$ 508 milhões, redução de 30% ante o mesmo trimestre de 2024.
  • Caixa fortalecido: PRIO reforçou sua posição com emissão de debêntures e captação de dívidas, mantendo flexibilidade financeira para novos investimentos.
  • Endividamento líquido aumentou em US$ 328 milhões no trimestre, devido à aquisição do campo de Peregrino, CAPEX elevado e recompra de ações.

Produção recorde e avanços operacionais

  • Produção histórica: PRIO atingiu 123,2 mil barris por dia em junho, maior volume já registrado pela companhia.
  • Albacora Leste: Eficiência operacional de 88,4% no trimestre e 97,2% em julho, com aumento de 22% na produção em relação ao 1T25.
  • Frade: Produção afetada por parada programada e falha no sistema de compressão, mas campo se mantém estratégico para integração futura com Wahoo.
  • Peregrino: Produção média de 39,2 mil barris/dia, resultado de novos poços e workovers. PRIO concluiu a aquisição de 60% do campo, reforçando seu portfólio e potencial de geração de valor.
  • Wahoo: Licença prévia obtida e primeiro poço produtor já perfurado, marcando nova etapa de crescimento.
  • Lifting cost (custo de extração) aumentou 81%, impactado pela integração de Peregrino e menor produção em Frade, mas redução de custos segue como pilar estratégico da empresa.

Estratégia comercial e gestão de portfólio

  • Venda total de 8,2 milhões de barris no trimestre, distribuídos entre Peregrino, Frade, Albacora Leste e cluster Polvo/Tubarão Martelo.
  • Flexibilidade comercial: Modelo “entrega ao cliente” permitiu acessar mercados estratégicos e melhorar rentabilidade por barril, mesmo com Brent a US$ 65,84 (queda de 23% ante 2T24).
  • Peregrino respondeu por 41,5% da receita no período, Frade 30,6%, Albacora Leste 18,3% e Polvo/TBMT 9,7%.

Sustentabilidade e responsabilidade social

  • Certificação Ouro no inventário de emissões de 2024, reconhecendo o mais alto nível de transparência em carbono.
  • Instituto PRIO: Lançado para apoiar projetos ligados à biodiversidade, educação ambiental e economia do mar.
  • Mês da Sustentabilidade e Relatório Anual ESG publicados, reforçando cultura de responsabilidade e transparência.
  • Investimento em pessoas: Programas de saúde, segurança e qualidade de vida ganharam destaque, junto com ações de voluntariado e apoio a eventos culturais e esportivos.

A PRIO fecha o 2T25 como protagonista na produção nacional de petróleo, combinando disciplina financeira, crescimento operacional e forte agenda ESG. O cenário desafiador não impediu novos recordes e posicionou a empresa para novos saltos em 2025, com foco na integração de ativos, expansão sustentável e geração contínua de valor ao acionista.

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