Petz cresce em vendas, dispara lucro e amplia margens no 2T25
Varejista pet avança em rentabilidade, mantém expansão do ecossistema, consolida omnicanalidade e surpreende com salto no lucro líquido ajustado.

O segundo trimestre de 2025 marcou a consolidação da retomada de crescimento da Petz (B3: PETZ3), depois de um início de ano desafiador. A companhia registrou alta em praticamente todos os indicadores operacionais e financeiros, com destaque para o salto no lucro, avanço das marcas próprias e fortalecimento do canal físico no ecossistema omnichannel.
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Receita, vendas e expansão das marcas próprias
A receita bruta do Grupo Petz atingiu R$ 1,065 bilhão no 2T25, crescimento de 8,6% sobre o mesmo período do ano anterior. O canal B2C (vendas ao consumidor final) foi responsável por R$ 999,2 milhões (+8,5%), enquanto o B2B avançou para R$ 34,3 milhões (+9,8%). O segmento de serviços, cada vez mais relevante no portfólio, subiu 10,2% no trimestre.
Entre os destaques está o crescimento das marcas próprias, que saltaram 43% e atingiram 12,5% do total de vendas de produtos, impulsionadas por linhas como Selections e acessórios exclusivos. O segmento de alimentos segue como carro-chefe, representando 59,7% do faturamento total de produtos.
A Petz encerrou o trimestre com 262 lojas espalhadas por 24 estados, e presença dominante no Sudeste, onde concentra 64% de sua operação. Não houve inaugurações no 2T25, refletindo a decisão estratégica de priorizar a maturação das lojas existentes e o ganho de eficiência operacional.
Rentabilidade em alta, margens ampliadas e salto no lucro
O lucro bruto da companhia foi de R$ 417,9 milhões (+9,1%), com margem bruta de 39,2%, avanço de 0,2 ponto percentual na comparação anual. O EBITDA ajustado subiu 39,5%, atingindo R$ 83,6 milhões e margem EBITDA de 7,8% (+1,7 p.p.), refletindo ganhos em eficiência, precificação e diluição de despesas.
O grande destaque do trimestre foi o lucro líquido ajustado, que saltou 81,8% e totalizou R$ 18,5 milhões. Já o lucro líquido contábil chegou a R$ 23,9 milhões, com margem líquida de 2,2%. Os ganhos foram potencializados por controle de despesas, diluição de custos e resultado financeiro mais favorável, além do impacto positivo da operação de swap atrelada à dívida em dólar.
Principais números do 2T25:
- Receita bruta: R$ 1,065 bilhão (+8,6%)
- Lucro bruto: R$ 417,9 milhões (+9,1%)
- EBITDA ajustado: R$ 83,6 milhões (+39,5%)
- Margem EBITDA ajustada: 7,8% (+1,7 p.p.)
- Lucro líquido ajustado: R$ 18,5 milhões (+81,8%)
- Lucro líquido contábil: R$ 23,9 milhões (salto de 2.820% frente ao 2T24)
Canal físico lidera, omnicanalidade avança e digital mantém peso
O canal físico voltou a liderar o crescimento, com vendas subindo 11,8% no trimestre, enquanto o digital cresceu 4,5% e alcançou 41,8% de penetração na receita bruta. O omnichannel se consolidou como diferencial: 93% das vendas digitais envolveram as lojas físicas (Ship from Store ou Pick-up), reforçando a estratégia de integração entre canais.
O Clubz, clube de assinatura e fidelidade, dobrou o número de assinantes em apenas um mês após expandir para as lojas físicas, chegando a 559 mil assinantes (+13% a/a), o que ampliou a recorrência de compras e o engajamento do público.
Serviços, inovação e sustentabilidade ganham espaço
O segmento de serviços apresentou expansão de 10,2% no trimestre, com destaque para o avanço do Seres Saúde (planos de saúde e pacotes de prevenção para pets), já presente em 43 lojas e, a partir de agosto, também no canal digital. O modelo de franquia em banho & tosa e clínicas veterinárias começou a ser testado em São Paulo, com resultados promissores.
A Petz também reforçou sua agenda ESG com a publicação do novo relatório de sustentabilidade, avanços no mapeamento de riscos climáticos e destaque para o programa Adote Petz — já são 85 mil animais adotados desde 2007, sendo 3,5 mil apenas em 2025.
Investimentos, estrutura financeira e fusão com Cobasi
A companhia manteve investimentos totais de R$ 29,8 milhões no trimestre (queda de 25,4%), focando em manutenção, tecnologia e experiência do cliente, enquanto reduziu drasticamente o ritmo de novas lojas. O fluxo de caixa operacional atingiu R$ 56,5 milhões e a dívida líquida recuou para R$ 45,5 milhões, representando apenas 0,2x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses — nível confortável para o setor de varejo.
No campo societário, a fusão com a Cobasi segue sob análise do CADE, mas, se confirmada, a nova empresa terá cerca de 10% de market share e reforçará a disputa em um mercado altamente pulverizado.
Apesar da pressão do cenário macro e do setor competitivo, a Petz mostra sinais claros de recuperação de margens, avanço em eficiência e ganho de participação das marcas próprias. O salto expressivo no lucro ajustado chama atenção, mas a rentabilidade ainda depende da maturação das lojas e dos avanços em serviços e omnichannel. O investidor de PETZ3 deve monitorar a evolução da fusão com Cobasi e a dinâmica de crescimento do setor, que segue sendo uma das maiores apostas de consolidação e inovação do varejo brasileiro.