Petrobras recolhe R$ 131,7 bilhões em tributos no 1º semestre de 2025, apesar de queda federal
Relatório Fiscal aponta aumento nos pagamentos estaduais com ICMS mais alto, enquanto União registra retração na arrecadação.

A Petrobras (B3: PETR3, PETR4) divulgou seu Relatório Fiscal do 2º trimestre de 2025, destacando a contribuição de R$ 131,7 bilhões aos cofres públicos no primeiro semestre do ano. O montante engloba tributos próprios, tributos retidos de terceiros e participações governamentais (PGOV), reforçando o papel da companhia como um dos maiores contribuintes do país.
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Distribuição dos valores pagos
Do total recolhido no período, a companhia detalhou a seguinte divisão:
- R$ 86,5 bilhões em tributos próprios;
- R$ 31,8 bilhões em participações governamentais, como royalties e participação especial;
- R$ 13,4 bilhões em tributos retidos de terceiros.
Na esfera federal, foram destinados R$ 77,1 bilhões, correspondentes a aproximadamente 5,4% da arrecadação da União. Já os estados receberam R$ 53,6 bilhões, e os municípios, cerca de R$ 1,0 bilhão.
Comparativo com 2024
Em relação ao mesmo semestre de 2024, houve uma redução de 11,9% nos tributos federais, impactada principalmente pelo menor recolhimento de IRPJ, CSLL e PIS/COFINS. Em contrapartida, os recolhimentos estaduais registraram alta de 7,8%, impulsionados pela majoração do ICMS monofásico sobre combustíveis, em vigor desde fevereiro de 2025.
As participações governamentais apresentaram leve crescimento de 3% frente ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 20,2 bilhões em royalties e R$ 11,4 bilhões em participação especial.
Relevância para os estados
O relatório reforça o peso da Petrobras na arrecadação estadual, especialmente no ICMS. Em 20 unidades da federação, a companhia foi responsável por mais de 10% da receita do tributo. Destaques incluem:
- Mato Grosso do Sul, com 52,8% do total arrecadado no estado;
- Rondônia, com 24,8%;
- Paraíba, com 24,5%;
- Goiás, com 20,9%.
No ranking absoluto, os estados que mais arrecadaram com a Petrobras foram São Paulo (R$ 11,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,2 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 4,3 bilhões).
Acumulado em 12 meses
Nos últimos quatro trimestres, a Petrobras recolheu R$ 264,1 bilhões em tributos e participações governamentais, consolidando sua posição como um dos pilares da arrecadação nacional.
Análise e impacto
Os números refletem a complexidade do cenário tributário em 2025. A queda na arrecadação federal evidencia a pressão de margens e redução de lucros tributáveis, enquanto os estados conseguiram compensar parte desse movimento com elevação do ICMS sobre combustíveis.
Para investidores e analistas, os dados mostram que, mesmo em um ambiente de ajustes fiscais e volatilidade de preços no setor de energia, a Petrobras segue desempenhando papel central no equilíbrio das contas públicas, sobretudo estaduais.