Lucro Recorrente do Banco ABC Brasil avança 8,2% no 2T25, com ROAE de 15% e expansão de carteira

Apesar da leve queda anual, o Banco ABC Brasil reportou um crescimento trimestral significativo no lucro líquido recorrente, impulsionado pela expansão estratégica da carteira de crédito e pelo aprimoramento da eficiência operacional.


Lucro Recorrente do Banco ABC Brasil avança 8,2% no 2T25, com ROAE de 15% e expansão de carteira

O Banco ABC Brasil (B3: ABCB4) apresentou seu relatório de resultados do segundo trimestre de 2025, revelando um desempenho operacional sólido que equilibra crescimento e rentabilidade. O lucro líquido recorrente da instituição registrou um crescimento trimestral notável, atingindo R$ 244,1 milhões. Este resultado é um indicativo da capacidade do banco de navegar em um cenário macroeconômico que ainda exige cautela, mantendo o foco em sua estratégia de negócios para o segmento Corporate e Middle. A seguir, detalhamos os principais indicadores e os fatores que impulsionaram o desempenho do trimestre.

Principais Indicadores Financeiros no 2T25

  • Lucro Líquido Recorrente: O Banco ABC Brasil registrou R$ 244,1 milhões de lucro líquido recorrente no segundo trimestre de 2025. Esse valor representa um aumento de 8,2% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma leve retração de 2,4%.
  • Retorno sobre o Patrimônio Líquido Anualizado (ROAE): O ROAE atingiu 15,0%, um crescimento de 93 pontos base em relação ao trimestre anterior, demonstrando a melhoria na rentabilidade do banco.
  • Carteira de Crédito Expandida: A carteira de crédito encerrou o trimestre em R$ 52,1 bilhões, com crescimento de 1,8% no trimestre e 7,9% em 12 meses. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos segmentos Corporate e Middle.
  • Qualidade da Carteira: As operações com atraso superior a 90 dias representaram apenas 0,7% da carteira de crédito, uma redução de 20 pontos base na comparação trimestral, evidenciando a prudência do banco na gestão de seus ativos.
  • Índice de Eficiência: O índice de eficiência encerrou o período em 38,4%, uma melhora significativa de 362 pontos base em relação ao 1T25. Esse dado reflete a gestão disciplinada das despesas operacionais do banco.

Desempenho por Linha de Negócio e Receitas

O desempenho positivo do banco foi resultado de uma combinação de fatores, com destaque para a margem financeira com clientes e as receitas de serviços.

1. Margem Financeira: A Margem Financeira Gerencial pré-provisão totalizou R$ 604,4 milhões, crescendo 6,7% no trimestre. Este aumento foi impulsionado, em grande parte, pela Margem Financeira com Clientes, que cresceu 9,4% e atingiu R$ 372,6 milhões, refletindo um melhor desempenho de crédito. Em contrapartida, a Margem Financeira com Mercado teve uma retração de 14,3%.

2. Receitas de Serviços: As Receitas de Serviços totalizaram R$ 113,0 milhões, um crescimento de 10,2% em relação ao trimestre anterior. Este resultado foi impulsionado pelo bom desempenho da área de garantias prestadas. No entanto, na comparação anual, houve uma queda de 7,5%, principalmente devido à diminuição das receitas de Banco de Investimentos e Corretagem de Seguros.

Qualidade e Expansão da Carteira de Crédito

A gestão da carteira de crédito continua sendo um pilar central para os resultados do Banco ABC.

  • A Carteira de Empréstimos e Títulos Privados cresceu 7,7% em 12 meses, refletindo o foco do banco em expandir seus negócios de forma sustentável.
  • A composição da carteira de crédito expandida é dividida em:
    • Empréstimos: R$ 22,5 bilhões
    • Garantias Prestadas: R$ 12,9 bilhões
    • Títulos Privados: R$ 16,7 bilhões
  • A qualidade da carteira de crédito se destaca. As provisões para devedores duvidosos (PDD) se mantiveram em patamares controlados, e a Despesa de Provisão Ampliada sobre a Carteira Expandida, em 0,6%, ficou abaixo da média histórica.

Otimização de Custos e Capital

O Banco ABC Brasil demonstrou uma forte disciplina no controle de suas despesas e na gestão de capital.

  • Despesas Operacionais: As despesas operacionais totais foram de R$ 231,9 milhões, apresentando uma redução de 2,4% no trimestre. Esse controle de custos é a principal razão para a melhora no índice de eficiência.
  • Gestão de Capital: O banco manteve sua solidez, com um Índice de Basileia de 17,3%. Em julho, a instituição realizou uma recompra parcial de R$ 300 milhões em Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas (AT1), uma medida estratégica para otimizar a estrutura de capital e reduzir custos de funding.

Remuneração aos Acionistas

Como resultado de sua performance robusta, o Banco ABC Brasil reforçou seu compromisso com a geração de valor para os acionistas. A instituição declarou um total de R$ 261,3 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), o que equivale a R$ 1,09 por ação. Esse montante representa um aumento de 38,7% em relação aos R$ 188,5 milhões declarados no mesmo período do ano anterior. O Dividend Yield anualizado do banco, com base nos resultados do trimestre, foi de 10,1%.

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