Essas 10 ações dispararam no pagamento de dividendos em 2025 — algumas com mais de 10% de rendimento

Energia, seguros e até construção civil lideram lista das maiores pagadoras de proventos do ano; veja quais empresas se destacaram e por quê

Essas 10 ações dispararam no pagamento de dividendos em 2025 — algumas com mais de 10% de rendimento

O primeiro semestre de 2025 foi um prato cheio para quem investe em ações focado em geração de renda passiva. Com o mercado aquecido e diversas empresas mantendo (ou até acelerando) seus pagamentos de proventos, o levantamento da Nord Investimentos, com base em dados da Economatica, revelou as 10 ações que mais pagaram dividendos no ano até agora. O destaque? Algumas companhias atingiram dividend yields superiores a 10% — um feito raro, especialmente em tempos de juros ainda elevados.

Quem lidera o ranking dos dividendos?

Segundo a Nord, a lista foi filtrada por liquidez — só entraram ações com volume médio acima de R$ 5 milhões — e considerou os dividendos pagos até o dia 14 de julho. O critério de ranqueamento foi o dividend yield, ou seja, o retorno percentual com dividendos em relação ao preço da ação.

Confira os destaques:

1. ISA Energia (ISAE4)

Atuando no setor de transmissão de energia, a ISA colhe os frutos de um modelo de negócios com previsibilidade e contratos de longo prazo reajustados pela inflação. Isso garante não só resiliência em tempos de volatilidade, mas também espaço para dividendos regulares — mesmo com novos investimentos em curso.

2. Cemig (CMIG4)

A estatal mineira de energia é velha conhecida dos investidores de dividendos. Atuando em geração e distribuição, tem se beneficiado do desconto em seu valor de mercado. Resultado: dividend yield elevado, mesmo com relativa estabilidade nos lucros.

3. Direcional (DIRR3)

A presença de uma incorporadora no ranking mostra a força do setor imobiliário de baixa renda em 2025. A Direcional, fortemente ligada ao programa Minha Casa Minha Vida, surfa a retomada da construção civil com lucros crescentes — e dividendos idem.

4. Irani (RANI3)

Após um ciclo de investimentos pesados, a Irani — gigante da celulose para embalagens — voltou a distribuir dividendos com regularidade. O investidor deve, no entanto, acompanhar de perto: novos aportes podem limitar a geração de caixa nos próximos trimestres.

5. Tupy (TUPY3)

Surpresa na lista, a Tupy aparece aqui mais pela queda no preço de suas ações do que por lucros robustos. Com resultados pressionados e prejuízo no último trimestre, seu dividend yield elevado reflete distorções momentâneas — um alerta para quem busca consistência.

6. CPFL (CPFE3)

Mais uma elétrica no top 10, a CPFL foca na distribuição de energia. Seu modelo previsível e com margens saudáveis garante lucros consistentes. A expectativa de renovação das concessões contribui para manter os dividendos em alta.

7. Itaúsa (ITSA4)

A holding do Itaú voltou com força aos holofotes. Com o banco entregando resultados crescentes e anunciando dividendos extraordinários, a Itaúsa volta a ser uma das favoritas dos investidores de renda.

8. Plano&Plano (PLPL3)

Outra do setor imobiliário popular, a Plano&Plano colhe os frutos de uma parceria estratégica com a Cyrela. Com bons números operacionais e disciplina financeira, a companhia consolidou sua posição como pagadora relevante de proventos.

9. Valid (VLID3)

Depois de uma reestruturação, a Valid — que atua na emissão de documentos e soluções digitais — recuperou rentabilidade e, com caixa líquido, voltou a remunerar os acionistas. O mercado reagiu positivamente.

10. BB Seguridade (BBSE3)

A gigante dos seguros do Banco do Brasil, com distribuição exclusiva nos canais do banco, foi destaque não apenas pelo desempenho estável, mas pela contribuição dos juros altos ao resultado financeiro da companhia. E ainda tem mais por vir no segundo semestre.


E para o segundo semestre? Veja as três favoritas da Nord

A Nord também revelou as três ações que considera mais promissoras para quem busca dividendos na segunda metade do ano:

  • BB Seguridade (BBSE3): já anunciou nova distribuição de R$ 3,8 bilhões em dividendos — o que deve levar o dividend yield para acima de 11% em 2025.
  • PetroReconcavo (RECV3): a petroleira independente deve repetir os altos proventos dos últimos anos, apoiada em margens sólidas e baixa alavancagem.
  • Kepler Weber (KEPL3): líder em armazenagem agrícola na América Latina, deve manter bons resultados mesmo diante de um cenário desafiador no agro.

Por que isso importa para o investidor?

Em tempos de Selic ainda elevada, o apelo por dividendos continua forte — especialmente entre investidores que buscam renda recorrente ou desejam compor a carteira com empresas de fluxo de caixa previsível. Mas atenção: dividend yield alto nem sempre indica força financeira. Em muitos casos, pode esconder riscos operacionais ou queda nas cotações.

A leitura correta exige mais do que olhar para o ranking: é preciso entender o contexto de cada empresa, seus setores, margens, dívidas e planos futuros.

📌 Fonte: Nord Investimentos (14/07/2025)

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