ENGIE Brasil inicia operação de trecho de 162 km do projeto Graúna e avança na expansão de sua malha de transmissão
Companhia assume parte brownfield do Lote 1 do leilão da Aneel e segue com obras em mais de 780 km de linhas nos estados do Sul e Sudeste

Início da operação marca nova etapa no projeto Graúna
A ENGIE Brasil Energia S.A. (B3: EGIE3) anunciou nesta sexta-feira (18) que iniciou oficialmente a operação do trecho brownfield do projeto Graúna Transmissora de Energia — ativo que integra o Lote 1 do Leilão de Transmissão nº 2/2024 da Aneel, arrematado pela companhia no ano passado.
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O trecho recém-operacionalizado soma 162 quilômetros de extensão e está distribuído entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Ele compreende quatro linhas de transmissão e duas subestações próprias, já integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Esse trecho representa aproximadamente 5% da Receita Anual Permitida (RAP) total do projeto, com geração anual estimada em R$ 14 milhões. A concessão é válida por 30 anos, o que reforça o compromisso de longo prazo da ENGIE com o setor de infraestrutura energética brasileiro.
Projeto completo inclui mais de 780 km de novas linhas
O restante do projeto Graúna — atualmente em fase inicial de construção — envolve a implantação de cerca de 780 quilômetros de linhas de transmissão, seis novas linhas, duas subestações e um seccionamento. Essa parte greenfield da iniciativa abrange os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
A RAP total projetada do empreendimento completo é de R$ 268,3 milhões (base de junho de 2025), o que mostra a relevância estratégica do ativo no portfólio da ENGIE. A expectativa é que, ao longo dos próximos anos, esse projeto aumente significativamente a capacidade de escoamento da energia renovável gerada nas regiões Sul e Sudeste.
Leilão da Aneel 02/2024: investimentos bilionários em expansão do SIN
O projeto Graúna faz parte do Lote 1 do leilão da Aneel realizado em dezembro de 2024, que foi o maior leilão de transmissão da história do setor elétrico brasileiro em termos de volume financeiro. O certame envolveu 15 lotes e atraiu grandes players do setor, com investimentos totais estimados em mais de R$ 21 bilhões.
A ENGIE arrematou o Lote 1 com um deságio competitivo e o compromisso de entregar o empreendimento em até 60 meses. O lote inclui tanto a recuperação de ativos existentes (brownfield) como a expansão com novos investimentos (greenfield), o que exige alto grau de coordenação regulatória, ambiental e técnica.
Estratégia da ENGIE: foco em transmissão e descarbonização
A entrada em operação do trecho brownfield do projeto Graúna reforça a estratégia da ENGIE Brasil Energia de ampliar sua atuação no segmento de transmissão, um dos pilares da companhia para os próximos anos. Desde a venda de seu portfólio de usinas termelétricas a carvão em 2021, a empresa vem redirecionando seu foco para energias renováveis e infraestrutura de transmissão — setores considerados essenciais para a transição energética.
Além do projeto Graúna, a ENGIE já opera outras concessões importantes, como a Gralha Azul (PR), Novo Estado (PA/TO) e a recente aquisição do sistema Paracatu (MG). A companhia conta atualmente com mais de 8 mil km de linhas de transmissão em seu portfólio, operando ou em implantação, consolidando-se como uma das líderes privadas nesse segmento no país.
Perspectivas de médio e longo prazo
Com a crescente demanda por expansão da infraestrutura elétrica brasileira — especialmente para integrar a produção renovável (eólica e solar) às grandes cargas consumidoras — a ENGIE se posiciona estrategicamente para capturar oportunidades em novos leilões da Aneel e parcerias com outros agentes do setor.
O avanço do projeto Graúna, tanto na parte brownfield como na greenfield, ilustra o comprometimento da companhia com o desenvolvimento sustentável e com a entrega de ativos estruturantes para o Brasil. A operação desse trecho inicial é um marco importante, mas representa apenas o começo de um ciclo mais amplo de investimentos, geração de valor e suporte à transição energética nacional.