Engie Brasil Energia amplia receita e consolida transição para renováveis no 2T25

Companhia avança na expansão de parques eólicos e solares, distribui dividendos robustos e segue como referência em energia limpa na Bolsa.


Engie Brasil Energia amplia receita e consolida transição para renováveis no 2T25

O segundo trimestre de 2025 consolidou o protagonismo da Engie Brasil Energia (B3: EGIE3, ADR: EGIEY) como uma das principais empresas de energia limpa da América Latina. A companhia elevou sua receita operacional, avançou em grandes projetos de geração e transmissão, e reforçou sua política de remuneração ao acionista, mesmo em um cenário de desafios macroeconômicos e maior pressão sobre margens operacionais.

Receita cresce, margens ajustam e dividendos reforçados

A receita operacional líquida atingiu R$ 3,09 bilhões no 2T25, crescimento de 10,1% sobre o mesmo período do ano anterior. O resultado reflete principalmente o avanço dos projetos de transmissão, especialmente o Sistema Asa Branca, e maior volume de energia vendida (+4,8%). Por outro lado, o lucro líquido ajustado foi de R$ 564 milhões, queda de 34% em relação ao 2T24, explicada pela base de comparação forte no ano passado, quando a empresa registrou uma indenização extraordinária de R$ 262 milhões.

O Ebitda ajustado somou R$ 1,87 bilhão, redução de 4,4% na comparação anual, com margem de 60,5%. Apesar do recuo, o desempenho operacional seguiu robusto, impulsionado pelo aumento de 4,8% no volume de energia comercializada (9.290 GWh) e pelo crescimento da base de clientes no mercado livre, que subiu 22%.

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 719 milhões em dividendos intercalares (R$ 0,88 por ação), equivalente a 55% do lucro líquido distribuível, com ações ex-dividendos a partir de 22 de agosto.

Expansão acelerada em energia renovável

A Engie intensificou a aposta em renováveis, concluindo a obra do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, maior parque eólico do grupo no mundo, com 846 MW de capacidade instalada e energia voltada totalmente ao mercado livre. O projeto foi responsável por parte do salto de 46,4% na geração de energia complementar (eólica e solar), que somou 3.013 GWh no trimestre.

No segmento solar, o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol (RN) chegou a 96% de avanço físico, com quatro das 16 centrais já em operação e outras oito em testes, somando 552,7 MW em operação ao fim de junho.

Além disso, a Engie avançou em projetos de transmissão (Asa Branca, Graúna, Gralha Azul) e gás natural, por meio da TAG, que opera mais de 4.600 km de gasodutos no Brasil, todos contratados com grandes clientes como Petrobras e Eneva.

Principais números do 2T25:

  • Receita líquida: R$ 3,09 bilhões (+10,1%)
  • Lucro líquido ajustado: R$ 564 milhões (-34%)
  • Ebitda ajustado: R$ 1,87 bilhão (-4,4%)
  • Dividendos aprovados: R$ 719 milhões
  • Volume de energia vendida: 9.290 GWh (+4,8%)
  • Margem Ebitda ajustada: 60,5%

Eficiência, sustentabilidade e visão de futuro

A Engie segue reconhecida pelo mercado, recebendo o Selo Ouro do Programa Brasileiro do GHG Protocol e destaque entre as empresas mais promissoras para investimentos em economia de baixo carbono, segundo a XP. No trimestre, também foi realizada a 15ª emissão de debêntures, a primeira classificada como “verde”, levantando R$ 2,2 bilhões para ampliar geração renovável.

A empresa ampliou o portfólio de ativos, com 129 usinas operando no Brasil (hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa), totalizando quase 10 GW de capacidade própria. Novos projetos como Santo Agostinho, Umburanas e Campo Largo III reforçam a estratégia de crescimento em energia limpa.


A Engie Brasil Energia (EGIE3) mantém um dos maiores portfólios de renováveis da América Latina e remuneração consistente aos acionistas. Apesar da queda no lucro, explicada por efeito não recorrente em 2024, os fundamentos seguem sólidos, com alavancagem sob controle, geração de caixa forte e pipeline robusto de projetos. Para o investidor, o foco segue na execução dos novos empreendimentos e na manutenção de margens, com potencial de valorização em um cenário de transição energética acelerada no Brasil.

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