Bradesco registra lucro de R$ 6,1 bilhões no 2T25 e revisa guidance para o ano
Banco mostra avanço na rentabilidade, estabilidade na inadimplência e melhora em seguros, enquanto mantém cautela na concessão de crédito.

O Banco Bradesco (B3: BBDC3, BBDC4) divulgou nesta quarta-feira (30) seus resultados do segundo trimestre de 2025, com lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões, alta de 3,5% em relação ao 1T25 e crescimento de 28,6% frente ao mesmo período de 2024. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) atingiu 14,6%, 0,2 ponto percentual acima do trimestre anterior.
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Além dos números trimestrais, a instituição revisou parte do seu guidance para o ano, elevando as projeções para receitas de prestação de serviços e para o resultado de seguros, previdência e capitalização.
Desempenho financeiro: receita e margem em expansão
A receita total do Bradesco alcançou R$ 34 bilhões no 2T25, um avanço de 15,1% na comparação anual e de 5,2% sobre o trimestre anterior. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento em todas as linhas de receita, com destaque para margem financeira, seguros e serviços.
A margem financeira total atingiu R$ 18 bilhões, com alta de 4,7% t/t e 15,8% a/a. A margem com clientes respondeu por R$ 17,8 bilhões, avanço de 5,9% t/t e 16,4% a/a, favorecida pelo aumento da carteira de crédito e pela eficiência nas captações. A margem com mercado recuou para R$ 288 milhões, movimento já esperado.
Carteira de crédito e inadimplência
A carteira de crédito expandida somou R$ 1,018 trilhão, crescimento de 1,3% em relação ao 1T25 e de 11,7% no comparativo anual. Houve aumento na participação de linhas com garantias, que passaram de 57% no trimestre anterior para 58,5%.
No segmento de pessoas físicas, houve crescimento relevante em crédito imobiliário e crédito pessoal. No consignado do INSS, a produção foi menor, em linha com ajustes regulatórios no mercado. Para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), a prioridade segue sendo crédito com garantias, especialmente via programas federais (FGI e FGO).
O índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 4,1% (mesmo nível do 1T25), com manutenção dos níveis para PF (5,1%) e MPMEs (4,3%). Em grandes empresas, houve leve alta de 0,3% para 0,4%, refletindo ajustes na carteira. A carteira reestruturada recuou R$ 1,5 bilhão frente ao 1T25 e R$ 7,8 bilhões na base anual.
Seguros e receitas de serviços
O resultado das operações de seguros, previdência e capitalização atingiu R$ 5,7 bilhões no trimestre, alta de 6,5% t/t e 21,7% a/a. O lucro líquido do segmento foi de R$ 2,3 bilhões, com ROAE de 21,4%.
As receitas de prestação de serviços avançaram 5,5% t/t e 10,6% a/a, com destaque para rendas de cartões, consórcios e mercado de capitais.
Despesas sob controle e capital robusto
As despesas operacionais somaram R$ 15,9 bilhões, alta de 5,9% t/t e 9,9% a/a, dentro do planejado. Despesas de pessoal e administrativas cresceram 4,9% a/a, abaixo da inflação, reforçando o controle de gastos.
O índice de Basileia nível 1 ficou em 13% e o capital principal em 11,1%, patamares considerados confortáveis. Foram destinados R$ 3,6 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas no trimestre.
Revisão do guidance 2025
O Bradesco revisou duas projeções do guidance para o ano:
- Receitas de Prestação de Serviços: de crescimento entre 4% e 8% para 5% a 9%;
- Resultado de Seguros, Previdência e Capitalização: de 6% a 10% para 9% a 13%.
As demais projeções foram mantidas, incluindo crescimento da carteira de crédito expandida (4% a 8%) e margem financeira líquida (R$ 37 a R$ 41 bilhões).
Transformação e foco sustentável
O banco segue acelerando seu plano de transformação, com expansão do novo segmento “Principal”, ampliação de correspondentes bancários e avanços no aplicativo Empresas e Negócios.
Na agenda ESG, o Bradesco alcançou 95,5% da meta de direcionar R$ 350 bilhões para setores com benefícios socioambientais até o fim de 2025, reforçando o compromisso com negócios sustentáveis e inclusivos.
Com resultados sólidos, guidance revisado e inadimplência controlada, o Bradesco mantém postura cautelosa na concessão de crédito, mas avança em eficiência e rentabilidade. O 2T25 confirma que a instituição está conseguindo equilibrar crescimento, rentabilidade e solidez, em um cenário desafiador para o setor bancário.