BMG anuncia pagamento de JCP e aumento de capital com deságio de 15%
Movimento duplo fortalece estrutura de capital do banco, melhora índice de Basileia e distribui retorno aos acionistas

O Banco Bmg (B3: BMGB4) comunicou ao mercado dois eventos relevantes em 15 de julho de 2025: o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 58,3 milhões e a aprovação de um aumento de capital social de até R$ 49,5 milhões. Ambas as medidas foram aprovadas pelo Conselho de Administração e visam, simultaneamente, remunerar os acionistas e reforçar a estrutura financeira da companhia.
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JCP no valor de R$ 0,10 por ação
O pagamento de JCP refere-se ao segundo trimestre de 2025 e será realizado em 21 de agosto de 2025. O valor bruto será de R$ 0,10 por ação ordinária e preferencial, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte. O valor líquido será de R$ 0,085 por ação, exceto para pessoas jurídicas imunes ou isentas.
A data de corte será 24 de julho de 2025, o que significa que apenas os investidores com ações até essa data terão direito ao provento. A partir de 25 de julho de 2025, os papéis serão negociados “ex-direitos”.
Aumento de capital: deságio de 15% para estimular adesão
Simultaneamente, o BMG anunciou aumento de capital por subscrição particular de até R$ 49,5 milhões. O novo capital poderá chegar a R$ 3,79 bilhões, mediante emissão de até 15.855.883 ações: sendo 10.140.581 ordinárias e 5.715.302 preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.
O objetivo da operação é fortalecer o índice de Basileia e ampliar a liquidez do banco, conforme exigências regulatórias do Banco Central. Segundo o comunicado, o momento foi considerado oportuno pela administração, que destacou a capitalização recente dos acionistas via JCP como fator que mitiga os efeitos de eventual diluição.
O preço de emissão será de R$ 3,124 por ação, valor definido com base na média ponderada das ações preferenciais nos 10 pregões anteriores a 14 de julho de 2025, que foi de R$ 3,68, aplicado um deságio de 15%.
Direito de preferência e impacto na estrutura acionária
Todos os acionistas do banco terão direito de preferência na proporção de 2,720870548% sobre sua posição acionária em 24 de julho de 2025. O período para exercer esse direito será de 25 de julho a 25 de agosto de 2025. Durante esse prazo, também será possível negociar os direitos de subscrição.
Aqueles que não exercerem o direito poderão ser diluídos em até 2,67%. Contudo, a administração reforça que a estrutura foi desenhada para evitar diluição injusta, e o preço foi fixado de maneira a garantir equilíbrio entre os interesses da companhia e de seus acionistas.
Os acionistas controladores já declararam intenção de exercer a totalidade de seus direitos, o que contribui para maior adesão ao processo. A emissão inclui ainda a possibilidade de subscrição de sobras, com rateio proporcional entre os interessados.
Condições e prazos
As ações serão integralizadas à vista e em moeda corrente nacional no ato da subscrição. O processo será realizado por meio da Itaú Corretora de Valores S.A., responsável pelos registros escriturais, ou via agentes de custódia para investidores com ações na B3.
As ações subscritas serão liberadas para negociação até três dias úteis após a homologação parcial ou total pelo Banco Central.
Considerações estratégicas
Segundo a administração do BMG, a operação visa aprimorar a robustez do capital regulatório em um momento de maior exigência prudencial por parte do Banco Central. Além disso, o banco considera o atual cenário de mercado como propício para uma captação eficiente, dado o recente pagamento de JCP, o deságio oferecido e a estrutura de governança que assegura os direitos dos acionistas.
O movimento é visto pelo mercado como uma forma de o BMG alinhar retorno aos investidores com solidez financeira de longo prazo, sem comprometer a competitividade de suas ações no mercado.
Referência: Fato Relevante e Aviso aos Acionistas – Banco BMG S.A., 15 de julho de 2025.