ADS da Azul são suspensos da NYSE após pedido de recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea comunica suspensão da negociação de seus recibos de ações nos Estados Unidos, como consequência do Chapter 11. Listagem na B3 segue inalterada.

A Azul S.A. (B3: AZUL4; NYSE: AZUL) comunicou nesta quarta-feira (29) que a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) suspendeu a negociação de seus American Depositary Receipts (ADRs ou ADSs), após o início do processo de reestruturação voluntária nos Estados Unidos, protocolado em 28 de maio de 2025, sob o Chapter 11 da Lei de Falências americana.
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A suspensão dos papéis e o pedido de cancelamento da listagem na NYSE são procedimentos usuais em casos de empresas que entram no Chapter 11, conforme previsto na seção 802.01D do NYSE Listed Company Manual.
O que muda para os investidores?
Com o cancelamento da listagem na NYSE, os ADSs da Azul deixam de ser negociados nos Estados Unidos, o que pode afetar o acesso de investidores internacionais à ação.
A companhia optou por não recorrer da decisão da NYSE, por entender que a medida não terá impacto sobre as operações ou estrutura de negócios da empresa no Brasil ou no exterior. A Azul também destacou que suas ações continuarão a ser negociadas normalmente na B3, sob o código AZUL4.
Entenda o que são ADSs
Os American Depositary Shares (ADSs), também chamados de American Depositary Receipts (ADRs), são recibos de ações emitidos nos Estados Unidos que representam ações de empresas estrangeiras. Eles facilitam o acesso de investidores americanos a ações listadas em bolsas de outros países.
A suspensão e o cancelamento dos ADSs significam que os investidores americanos não poderão mais negociar os papéis da Azul na NYSE, a menos que optem por investir diretamente por meio da B3, via corretoras com acesso ao mercado brasileiro.
Reestruturação sob Chapter 11
A Azul entrou com pedido de recuperação judicial voluntária nos EUA sob o Chapter 11 em 28 de maio, com o objetivo de reestruturar sua dívida e fortalecer sua posição financeira para o futuro. A empresa garantiu um financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão e planeja levantar até US$ 950 milhões em equity no processo de saída do Chapter 11, previsto para ser concluído até o primeiro trimestre de 2026 (1T26).
Apesar do momento delicado, a Azul reforçou que suas operações seguem normalmente e que mantém plena capacidade operacional, com voos e serviços funcionando em toda a sua malha aérea.
Sobre a Azul
A Azul S.A. é atualmente a maior companhia aérea do Brasil em número de voos e cidades atendidas, com uma média de 1.000 voos diários e presença em mais de 150 destinos. Conta com uma frota superior a 180 aeronaves e mais de 15 mil colaboradores.
A empresa também coleciona prêmios e reconhecimentos internacionais. Em 2023, foi classificada como uma das companhias aéreas mais pontuais do mundo pela Cirium. Em 2020, foi eleita a melhor companhia aérea do mundo pelo TripAdvisor Travelers’ Choice Awards, sendo a única empresa brasileira a alcançar tal feito.
A suspensão dos ADSs da Azul na NYSE é uma consequência direta do processo de reestruturação nos Estados Unidos e segue um procedimento técnico e esperado. A empresa reafirma seu compromisso com os investidores, ressaltando que sua listagem na B3 segue ativa e inalterada, bem como suas operações aéreas e estratégia de longo prazo.
Para o mercado, o foco se mantém na condução eficiente da reestruturação sob o Chapter 11 e nos desdobramentos do financiamento obtido e da possível fusão com a GOL.
📌 Este conteúdo é informativo e não representa recomendação de compra ou venda de ativos financeiros.