XP Inc. atinge lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,3 bilhão no 2T25 e amplia base de clientes e ativos

Companhia registra crescimento em ativos, avanço no crédito e desempenho sólido em seguros e cartões, reforçando sua diversificação de negócios.


XP Inc. atinge lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,3 bilhão no 2T25 e amplia base de clientes e ativos

A XP Inc. (NASDAQ: XP), referência em tecnologia e serviços financeiros no Brasil, divulgou nesta segunda-feira (18) os resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25). O período foi marcado por crescimento no lucro líquido ajustado, expansão dos ativos de clientes, aumento da carteira de crédito e evolução das operações em seguros e cartões.

Ativos de clientes em alta

Os ativos de clientes totalizaram R$ 1,4 trilhão no 2T25, um avanço de 14% em relação ao mesmo período de 2024 e de 3% frente ao trimestre anterior. Esse crescimento foi impulsionado por R$ 96 bilhões de captação líquida e R$ 72 bilhões em apreciação de mercado.

A companhia destacou ainda que, desde 2025, passou a contabilizar retroativamente os ativos de clientes institucionais e a reportar de forma separada os ativos sob gestão e sob administração. Com isso, o volume combinado atingiu R$ 1,9 trilhão, alta de 17% em um ano.

A captação líquida do varejo foi de R$ 16 bilhões, queda de 21% frente ao trimestre anterior e de 34% em comparação ao 2T24.

Clientes e assessores

O número de clientes ativos chegou a 4,7 milhões, crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o total de assessores ligados à plataforma XP – que inclui agentes autônomos, consultores e gestores de patrimônio – permaneceu estável em 18,2 mil.

A média diária de negociações no varejo foi de 2,3 milhões, leve queda de 4% frente ao 2T24, mas com aumento de 4% em relação ao 1T25.

O NPS (Net Promoter Score), indicador de satisfação dos clientes, ficou em 72 pontos, refletindo consistência na experiência oferecida pela XP.

Previdência e seguros

Na frente de previdência, os ativos de clientes em fundos PGBL e VGBL somaram R$ 86 bilhões, crescimento de 15% em 12 meses. Já a XP Vida & Previdência (XPV&P) registrou alta de 19% em ativos, totalizando R$ 72 bilhões.

Em seguros, o total de prêmios arrecadados cresceu 45% em um ano, alcançando alta de 28% em relação ao trimestre anterior, consolidando o avanço da vertical no portfólio da companhia.

Cartões e crédito

O volume transacionado com cartões (TPV) foi de R$ 12,4 bilhões, alta de 8% em relação ao 2T24. O total de cartões ativos atingiu 1,4 milhão, crescimento de 12% em 12 meses.

A carteira de crédito chegou a R$ 24 bilhões, avanço de 24% em um ano e de 8% no trimestre. Do total, 72% estão garantidos por investimentos, reforçando a qualidade da carteira.

Receita e eficiência

A receita bruta totalizou R$ 4,7 bilhões, alta de 4% em 12 meses. No varejo, a receita foi de R$ 3,6 bilhões, aumento de 9% em relação ao 2T24, impulsionada pelo crescimento de 20% em renda fixa e 31% em outras receitas ligadas a câmbio, consórcio, investimentos globais e conta digital.

O take rate anualizado do varejo foi de 1,25%, estável em relação ao trimestre anterior.

Já a receita institucional ficou em R$ 343 milhões, praticamente estável no trimestre, mas com queda de 1% frente ao ano anterior.

Em Grandes Empresas & Mercado de Capitais, a receita foi de R$ 547 milhões, recuo de 13% em um ano, em parte pelo recorde histórico no 2T24 que não se repetiu em 2025.

Custos e margens

A margem bruta fechou em 68,4%, abaixo dos 69,7% registrados no 2T24, mas acima do 1T25 (67,1%).

As despesas administrativas foram de R$ 1,6 bilhão, alta de 10% em um ano, enquanto o índice de remuneração caiu para 23,0%, contra 24,6% no 2T24.

O índice de eficiência dos últimos 12 meses foi de 34,5%, refletindo disciplina de custos, mesmo com aumento de 24% em outras despesas, especialmente marketing e tecnologia.

Lucro e rentabilidade

O lucro antes dos impostos (EBT) foi de R$ 1,3 bilhão, queda de 5% em relação ao ano anterior, mas com margem de 29,6%.

O lucro líquido ajustado foi recorde de R$ 1,3 bilhão, crescimento de 18% em 12 meses e 7% no trimestre. O lucro líquido por ação ajustado foi de R$ 2,50, avanço de 22% frente ao 2T24.

O ROTE (Retorno sobre Patrimônio Tangível) alcançou 30,1%, alta de 283 bps em um ano, enquanto o ROAE (Retorno sobre Patrimônio Médio) ficou em 24,4%, também em expansão.

Impacto e perspectivas

O desempenho reforça a capacidade da XP de manter crescimento sustentável e diversificado, mesmo em um ambiente de juros elevados. A companhia segue avançando em novas frentes – como seguros, cartões e crédito – enquanto fortalece sua posição no mercado de investimentos.

Analistas apontam que os números do 2T25 confirmam a resiliência do modelo de negócios e podem sustentar a valorização das ações da empresa na Nasdaq.

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