B3 entrega crescimento robusto em receita e lucro no 2T25
Companhia expande receitas, margens e dividendos mesmo diante de cenário volátil e vê produtos inovadores impulsionarem volumes negociados.

O segundo trimestre de 2025 mostrou a força da B3 (B3SA3), a principal bolsa de valores e infraestrutura do mercado financeiro brasileiro. A companhia alcançou avanço em praticamente todas as linhas de receita, mantendo margens elevadas, inovando em produtos e consolidando seu papel como hub de liquidez, dados e tecnologia para investidores institucionais e pessoas físicas. Mesmo com incertezas macroeconômicas, o período foi marcado por alta nas receitas, expansão dos volumes negociados em ações, ETFs e BDRs e distribuição significativa de dividendos e recompra de ações.
- Top 10 Ações com Maiores Dividend Yields da B3 em 2025
- Assistir Dorama é pecado? Esses conteúdos são prejudiciais a fé cristã?
- Creditas: Não faça empréstimo consignado antes de ver essas informações
- Renda com Cartão de Credito - Aprenda Agora
- Suicídio é pecado? Um Estudo Detalhado
- Aumente seu Score em 7 dias
- Israel hoje é o mesmo Israel bíblico?
Indicadores-chave do 2T25
- Receita total: R$ 2,75 bilhões (+0,7%)
- Receita líquida: R$ 2,54 bilhões (+3,5%)
- Lucro líquido: R$ 1,33 bilhão (+6,6%)
- EBITDA recorrente: R$ 1,72 bilhão (-2,7%)
- Margem EBITDA recorrente: 69,8% (vs. 73,3% no 2T24)
- Lucro por ação: R$ 0,25 (+13,4%)
- Retorno ao acionista: R$ 580 milhões no trimestre (JCP + recompra)
- Ativos totais: R$ 47 bilhões (+4,0% sobre dez/24)
- Endividamento: R$ 14,4 bilhões (99% longo prazo), 2,2x EBITDA LTM
Crescimento diversificado impulsiona resultado
A receita total da B3 atingiu R$ 2,75 bilhões, em linha com o 2T24, mesmo com menos dias úteis de pregão. O destaque veio do mercado de renda variável, onde o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) saltou para R$ 26,1 bilhões (+9,2%), refletindo alta de 6,5% em ações, 23% em ETFs e impressionantes 73,8% em BDRs. Esse avanço foi puxado pelo ambiente volátil, novos incentivos à liquidez e lançamento de produtos que atraíram mais participantes, mesmo com número de pregões menor (61 vs. 63).
No mercado de renda fixa e crédito, as emissões cresceram 13,5% e o estoque de instrumentos subiu 17,9%, atingindo R$ 8,1 trilhões em custódia. O Tesouro Direto também se destacou, com o número de investidores crescendo 14,9% e o estoque de títulos públicos subindo 22,4%. O cenário de juros ainda elevados favoreceu a migração para produtos de crédito, impulsionando receitas nesse segmento.
Derivativos tiveram volume médio diário de 11,8 milhões de contratos (-2,9%), mas a receita por contrato subiu 3%. A redução foi influenciada por uma base de comparação forte em 2024, mas foi compensada pelo crescimento de criptoativos — com o lançamento dos futuros de Ethereum e Solana — e ajustes em contratos como Bitcoin, que teve seu tamanho reduzido para ampliar liquidez.
As receitas de tecnologia e plataformas subiram 12,6%, refletindo o aumento de clientes de sistemas de Balcão e reajuste anual dos contratos. Produtos de dados, plataformas analíticas e soluções para o mercado de capitais cresceram de forma sustentável, com destaque para o avanço em receitas recorrentes nas verticais de crédito, prevenção de perdas e seguros.
Margens altas, controle de custos e retorno ao acionista
O lucro líquido atribuído aos acionistas da B3 atingiu R$ 1,33 bilhão, avanço de 6,6% sobre 2024, com lucro por ação de R$ 0,25 (+13,4%). O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,28 bilhão, alta de 4,2%. Mesmo com aumento de 15,8% nas despesas (R$ 844 milhões), por conta de maiores investimentos em pessoal, tecnologia e incentivos de mercado, a empresa manteve uma margem líquida de 52%, uma das maiores do setor.
No trimestre, a B3 distribuiu R$ 378,5 milhões em JCP e recomprou R$ 202 milhões em ações, totalizando R$ 580 milhões em retorno ao acionista. O endividamento é majoritariamente de longo prazo e o caixa totalizou R$ 17,6 bilhões.
Investimentos em CAPEX chegaram a R$ 53,7 milhões, focados em atualização tecnológica, novos produtos, segurança cibernética e capacidade operacional.
Inovação, agenda regulatória e ESG
O período foi marcado por lançamentos estratégicos:
- Futuros de Ethereum e Solana, diversificando exposição regulada a criptoativos;
- Redução do tamanho do contrato de Bitcoin para estimular liquidez e entrada de novos investidores;
- Novos derivativos ligados ao Índice Bovespa BR+, contratos de ouro e futuros de juros internacionais;
- Consolidação da plataforma de dados, ampliação de ofertas analíticas e avanço nas soluções tecnológicas para o mercado.
No ESG, a B3 lançou a 20ª carteira do ISE, reuniu 82 companhias de 40 setores e promoveu workshops de reporte climático (IFRS S1/S2). Também firmou parcerias para promover educação e enfrentar emergências climáticas, como a Aliança Educação e Emergência Climática.
A B3 demonstrou resiliência e capacidade de adaptação em um semestre marcado por volatilidade e mudanças no perfil do investidor brasileiro. O crescimento em renda fixa e crédito compensa a maturação mais lenta de IPOs e segue consolidando a bolsa como principal hub de liquidez, dados e infraestrutura do país. Margens altas, retorno ao acionista consistente e inovação em produtos reforçam a tese de B3 como um dos ativos mais defensivos e estratégicos do mercado brasileiro, mesmo diante de pressões competitivas e regulatórias.