Petrobras vai investir R$ 33 bilhões em refino e petroquímica no Rio de Janeiro

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Maior parte dos recursos será destinada à integração entre o Complexo Boaventura e a Reduc; empresa aposta em diesel S-10, combustíveis renováveis e descarbonização

Petrobras vai investir R$ 33 bilhões em refino e petroquímica no Rio de Janeiro

A Petrobras (B3: PETR3; PETR4) anunciou nesta quarta-feira (03) um ambicioso plano de investimentos no estado do Rio de Janeiro, com foco em refino, petroquímica e transição energética. Segundo comunicado, cerca de R$ 33 bilhões serão aplicados em projetos estratégicos entre 2025 e 2029, sendo R$ 29 bilhões de Capex direto da Petrobras e outros R$ 4 bilhões de um projeto complementar da Braskem.

O destaque do anúncio é a integração entre o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), e a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), com previsão de investimento de R$ 26 bilhões apenas nessa frente. O objetivo é ampliar significativamente a capacidade de produção de derivados de maior valor e com menor impacto ambiental.

Diesel S-10, QAV e lubrificantes ganham força

Com a nova estrutura, a Petrobras prevê um aumento de 76 mil barris por dia (bpd) na produção de diesel S-10, sendo 56 mil bpd por troca de qualidade e 20 mil bpd de capacidade adicional.

Além disso, o projeto contempla:

  • +20 mil bpd de querosene de aviação (QAV)
  • +12 mil bpd de lubrificantes grupo II

O Complexo Boaventura também abrigará uma planta exclusiva para produção de BioQAV, com capacidade de 19 mil bpd de combustíveis renováveis, como HVO (óleo vegetal hidrotratado) e SAF (combustível sustentável de aviação). Duas novas termelétricas a gás natural também estão previstas no local e participarão dos leilões de reserva de capacidade.

Refinaria Reduc será modernizada e mais sustentável

Na Reduc, em Duque de Caxias, a companhia vai investir R$ 860 milhões na construção de uma nova central termoelétrica, substituindo equipamentos antigos por soluções mais eficientes e com menor impacto ambiental.

Há ainda R$ 2,4 bilhões previstos para paradas de manutenção entre 2025 e 2029, com foco em segurança, confiabilidade e integridade das unidades. Para 2026, estão agendadas paradas importantes nas unidades de coqueamento retardado e hidrotratamento.

Avanço na descarbonização

A Petrobras também avança em seu compromisso com a transição energética. A Reduc concluiu o primeiro teste bem-sucedido de produção de SAF por coprocessamento com óleo de milho, atingindo até 1,2% de conteúdo renovável no QAV. A ANP já autorizou a produção comercial, que deve começar nos próximos meses com capacidade de até 10 mil bpd (ou 50 mil m³/mês).

A refinaria também já opera com Diesel R5 (5% renovável) e recebeu autorização da ANP para iniciar testes com o Diesel R7 (7% renovável), reforçando o protagonismo da estatal na oferta de combustíveis de baixa emissão.

Outro projeto promissor é o rerrefino de lubrificantes usados na Reduc, com capacidade estimada de 6,3 mil bpd (30 mil m³/mês), aplicando economia circular ao transformar resíduos em novos produtos de alto valor agregado. O teste de coprocessamento está autorizado pela ANP e deve ocorrer ainda este ano.

Petroquímica ganha reforço com Braskem

Na área petroquímica, estão em estudo novas plantas para produção de ácido acético e monoetilenoglicol (MEG) no Complexo Boaventura. O Brasil atualmente importa 100% da demanda de ácido acético e parte da demanda de MEG, usados na fabricação de PET, tintas e produtos químicos.

Complementando os investimentos, a Braskem, coligada da Petrobras, prevê investir cerca de R$ 4 bilhões na expansão de sua planta de polietileno, também no Complexo Boaventura. A nova unidade poderá aumentar a capacidade de produção em até 230 mil toneladas por ano, utilizando gás natural processado na Rota 3 como matéria-prima. O projeto ainda depende de aprovação da governança da Braskem.

Compromisso com o futuro

Os anúncios reforçam o foco da Petrobras em modernizar seu parque de refino, reduzir emissões e aumentar a oferta de derivados de maior valor agregado e menor pegada de carbono. Os investimentos no estado do Rio de Janeiro devem gerar empregos, impulsionar cadeias produtivas locais e posicionar a estatal como uma das líderes da transição energética na América Latina.

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